No dia seguinte às eleições 2010, políticos vitoriosos e derrotados, especialistas de mídia e responsáveis pelos institutos de pesquisa tentam decifrar o recado que os brasileiros deixaram nas urnas. Quem ganhou, quem perdeu?
Para quem contava com a vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff ainda no primeiro turno a constatação: José Serra, do PSDB, surfou na onda verde de Marina Silva e chegou ao segundo turno. Aqui em Belo Horizonte, aliás, a candidata obteve a maioria dos votos, com 39, 88% contra 30,92% de Dilma e 27,73 % do próprio Serra.
Para o governo Estadual, os mineiros decidiram o pleito em primeiro turno, selando a aprovação à composição Aécio/Anastasia. Aécio Neves sai fortalecido pela votação expressiva para o Senado Federal. Itamar Franco, afastado há algum tempo da mídia e do ti-ti-ti político garantiu a segunda vaga, superando, para surpresa de muitos, o ex-prefeito Fernando Pimentel.
Na Assembleia Legislativa, pouca renovação. Os novatos ficaram na casa dos 36%, sendo que alguns filhos de políticos tradicionais foram eleitos, mantendo a dinastia política de família tradicionais. Para a bancada federal foram também muitos os parlamentares reeleitos.
No cenário nacional, Tiririca e Garotinho são os campeões de voto para a Câmara. Aqui, nas Minas Gerais, candidatos “ficha suja” foram barrados e outros conseguiram entrar via voto de protesto ou alienação. Vai saber…
Enfim, com prós e contras, surpresas e vexames, o processo de amadurecimento político da nossa jovem democracia vai sendo aprimorado a cada eleição.
Se os tribunais eleitorais criaram confusão, a tecnologia a serviço da democracia deu um show. Em cinco horas, 99,99% de mais de 135 milhões de votos foram apurados. Nenhum país do mundo, DO MUNDO! chega nem perto do sucesso do nosso modelo.
Resta o aperfeiçoamento ainda maior do eleitor, o grande e anônimo responsável pelo desenho político do país.
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