Diga-me com quem tu andas... que eu te direi quem és. Lembro a minha cara de "abestalhada" quando um dia, alguém me disse que isso era "sabedoria de almanaque". Hoje, parceira antiga da vida, numa das suas muitas curvas, ela me confiou muitos dos seus segredos, e um deles, foi esse: que os almanaques acabaram, mas a sabedoria continuou...
É incrível a quantidade de verdade que reside nesse ditado popular. Incrível e triste, porque eu realmente preferia estar enganada a esse respeito, porém a vida não é feita das nossas preferências. O mal é muito mais contagioso do que o bem. O bem pode até vencer o mal, porém, somente num duelo, porque na contaminação, a força do mal é surpreendente.
Conheci pessoas que julguei serem maravilhosas, algumas admirei, outras amei, e em algumas ocasiões, suas atitudes não eram compatíveis com o meu pensamento sobre elas, mas quando queremos, conseguimos ser muito mais cegos do que podemos imaginar...principalmente em nome do amor.
Em todos os casos, elucidei minhas dúvidas ao vê-las em companhia de alguém mais transparente, mais fácil de ser identificado.... aliados do mal.
E o mais interessante, é que sempre revi essas pessoas que eu admirava, na condição de súditos, rastejantes, ignóbeis, muito diferente da condição que aparentavam ostentar... foi tão triste.
Nessas ocasiões, quando a verdade se estampa escandalosa aos nossos olhos, sem nenhum atenuante, sem justificativa que preste, a dor que sentimos é muito grande, acho que é a isso que chamam decepção...
E na juventude sempre me ocorria, que talvez eu fosse a mão que elas precisavam para sair daquele pântano... demorou para eu me conscientizar de que nesses casos, o nosso amor torna-se apenas..."pérolas aos porcos"... mas não demorou tanto que não estivesse em tempo.
Talvez hoje, eu fizesse apenas um pequeno ajuste no ditado popular:
"Diga-me com quem andas, que eu saberei quem és."... porém não mais lhe direi...
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