terça-feira, 21 de maio de 2013

A Pedra - Antonio Pereira (Apon)

O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.


Título: A pedra
Nome do autor: Antonio Pereira (Apon)
Link para a fonte original: http://www.aponarte.com.br/2007/08/pedra.html

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A arte de ficar calado - Felipe Peixoto Braga Netto

Saber ficar calado… É uma arte. Difícil, exige esforço e experiência. Não digo ficar calado sozinho, pois aí não há muita vantagem. Se sairmos a divagar, em voz alta, as perturbações que nos vão nos pensamentos, não demora estamos divagando num hospício.
Também não falo sobre ficar calado em público (…) Queria mesmo abordar a difícil arte de ficar calado a dois. É disso, em essência, que trata a bela frase em epígrafe. Os jovens — falo por mim, pelo que lembro — não sabem, definitivamente, ficar calados a dois. É um desconforto terrível, uma absurda e incômoda sensação de mal-estar, aliada a um desespero tolo em busca de assunto.
Depois, com o tempo, passamos a ser menos severos conosco e nos permitimos, vez por outra, a falta de assunto. Aliás, que necessidade absurda é essa de falar por falar, sem parar? Escrevi, certa vez, uma frase que depois li curioso: “Demorei a perceber que são os calados que têm algo a dizer…”.
Não sei que poeta falou — creio que o Quintana — que amizade é quando o silêncio a dois não se torna incômodo, e amor é quando o silêncio a dois torna-se prazeroso e íntimo. Algo assim, com outras palavras. Mas, no fundo, não é isso mesmo? Já experimentaram a sensação de ficar uns minutos calados, depois do amor? É uma conversa com Deus.

O que faz bem e o que faz mal - Martha Medeiros

Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere…
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0km. Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de ideias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou muzzarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada. Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente. Economia é melhor do que dívida. Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

Campanha publicitária do Citibank espalhada em Outdoors

“Crie filhos em vez de herdeiros.”
“Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete.”
“Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela.”
“Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama.”
“Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas.”
“Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?”
“Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos.”
“Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas…”
“…e quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã…) do mundo!”
“Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos.”
“Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço.”

Falar Harmoniosamente - Autoria desconhecida

A fala é a expressão de nosso estado evolutivo.
A palavra saída da boca de um homem revela sua qualidade interior.
A fala é a ligação muito delicada entre o homem e seu ambiente.
É muito importante para o indivíduo e para o seu ambiente que todas as pessoas cultivem a arte de falar harmoniosamente.
O indivíduo poderá mudar de atitude, de comportamento, de decisão, mas a palavra que saiu de sua boca jamais poderá ser recolhida.
Se sentirmos que o ambiente será afetado negativamente se falarmos determinada coisa, é preferível não falar.
Muitas pessoas crêem que a sinceridade está em falar tudo que pensam.
Talvez isso seja falar sinceramente, mas também é falta de tato e resulta numa desarmonia que põe a perder a própria finalidade da fala.
A maior arte do falar repousa em pensar com clareza e expressar-se de forma harmoniosa, de modo a ser compreendido.
Sendo corretos em pensamento, as palavras que saem de nossa boca devem ser agradáveis, suaves e de boa qualidade.